Caixa Postal

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May 25 • 13 min read

Sobre ricos, sobre livros, sobre parcerias, sobre tudo: ai que delícia!


Sobre ricos, sobre livros, sobre parcerias, sobre tudo: ai que delícia!

Tempo de leitura: 14 minutos

Foi uma semana de alegrias, de tristezas, de fortes emoções e de momentos líricos: um recorte de uma vida. Enquanto Donald Trump faz barbaridades nos Estados Unidos envolvendo tantos outros países do mundo, a música de Marina Lima e a homenagem a Gloria Maria, entre outros momentos únicos que eu vivi, cercada de pessoas que me fizeram muito bem, me mostraram que a vida realmente presta. E vale muito a pena ser vivida intensamente. Estou aqui. Estamos juntos.


DIVIDIDO POR DOIS

Você já deve ter ouvido que ajudar os outros faz bem. Mas agora a ciência está dizendo que faz bem até para o coração. Um estudo publicado na revista Health Psychology (da Associação Americana de Psicologia) revelou que gastar dinheiro com outras pessoas pode diminuir a pressão arterial. Sim, presentear um amigo ou pagar aquele café pode ter efeitos tão positivos quanto começar a se exercitar ou tomar remédios para pressão. Os pesquisadores conduziram dois estudos. No primeiro, participantes foram “receitados” a gastar uma quantia com outras pessoas. Dois anos depois, quem seguiu a prescrição sobre generosidade apresentou pressão arterial mais baixa. No segundo estudo, um grupo foi incentivado a gastar com os outros, enquanto as pessoas de outro grupo tiveram que gastar somente consigo mesmas. Adivinha qual teve resultados melhores? Pois é. Os generosos, novamente, saíram ganhando. Eis aí um excelente incentivo para mudança de hábitos. Topa?


VIRANDO PARA DENTRO

Que bolsas e acessórios de luxo já não causam o mesmo efeito em 2025, isso a gente já começou a perceber. Mas que o novo luxo pode passar pela leitura… Isso é bem novo. Um bom livro e tempo para mergulhar nele: é isso que está por trás do boom dos “reading retreats” - retiros de leitura -, que prometem ser tendência de bem-estar nos próximos tempos. Com o apelo constante do celular, das notificações e das redes sociais, ler com calma virou quase um privilégio. Por isso, tem cada vez mais gente embarcando em experiências imersivas dedicadas a simplesmente... ler. Em grupo, mas cada um no seu ritmo. Sem pauta obrigatória, sem pressão para socializar o tempo todo — só a pessoa, seu livro e um ambiente que abraça esse momento - como não amar? Esses retiros têm formatos variados, mas a proposta é quase sempre a mesma: reunir pessoas em lugares tranquilos, oferecer um cronograma leve (com muito tempo livre), e deixar que cada uma escolha o que quer ler. E o sucesso é tanto que alguns têm fila de espera. O Ladies Who Lit, que são retiros exclusivamente femininos, com destinos que vão do Caribe ao interior da Inglaterra, esgota suas vagas em questão de horas. Já o Reading Retreat é mais introspectivo e minimalista, com recomendação personalizada de livros. Também até opção para quem sente que perdeu o hábito da leitura: o Rest and Read With Ease, que promete ajudar a recuperar o ritmo, com sessões individuais para identificar bloqueios. Mais do que uma tendência literária, os retiros de leitura estão se tornando, na verdade, um tipo de refúgio emocional. Daí tamanho sucesso…


BANHO DE ESPUMA

Quem diria que os mundos real e virtual iriam se encontrar - e justamente no mercado de luxo. Pois é isso o que está acontecendo agora que a Saks Fifth Avenue está a um clique de distância — e dentro, na verdade, da Amazon. Eu explico: a nova parceria entre as duas gigantes do varejo norte-americano marca mais uma tentativa da Amazon de conquistar de vez o mercado de luxo, oferecendo aos consumidores uma curadoria de roupas, sapatos, bolsas e produtos de beleza assinados por grandes nomes da moda, como Dolce & Gabbana, Balmain, Stella McCartney, Giambattista Valli, Ganni e muitos outros. A experiência, que faz parte da iniciativa Amazon Luxury Stores, é uma mistura curiosa entre a agilidade e a praticidade do universo Amazon com a sofisticação esperada do mundo fashion. A navegação é mais “limpa”, sem avaliações de usuários, sem preços dinâmicos e sem a avalanche de produtos relacionados que normalmente aparecem por lá. Os itens são vendidos e entregues diretamente pela Saks, e clientes Prime ainda têm direito ao frete expresso. Mas nem tudo é tão glamouroso quanto parece: apesar da seleção caprichada, ainda há pouca curadoria editorial, poucas sugestões de combinação de peças e uma sensação de que falta aquele toque de exclusividade que tanto atrai o consumidor de luxo. O desafio é antigo: a Amazon sempre foi sinônimo de eficiência, mas não exatamente de experiência. Por isso, para dar visibilidade ao novo projeto, a Saks vai usar suas vitrines físicas — começando pela icônica loja da Quinta Avenida, em Nova York — para promover a vitrine digital. Essa movimentação vem em um momento estratégico: com o setor de e-commerce de luxo em transformação e menos players disputando esse espaço, a união entre Amazon e Saks pode abrir portas para marcas independentes ou designers com estoques parados, que enxergam ali uma nova vitrine (literal e digital) para vender. Ainda é cedo para dizer se essa dobradinha vai conquistar os fashionistas, mas uma coisa é certa: a Amazon quer, sim, um lugar na primeira fila da moda de luxo. O tempo dirá.

OS PESOS PESADOS

O velho embate entre gerações ganhou um novo ringue: as roupas de academia. De acordo com o The New York Times, de um lado está o time do “tudo justo” — leggings e tops coladinhos, queridinhos das millennials. Do outro, a turma do “justo em cima, larguinho embaixo” (ou vice-versa), que parece ser a preferência da Gen Z. Pelo menos, é o que os vídeos no TikTok querem nos fazer acreditar. Tudo começou com um áudio viral usado para aprovar ou desaprovar looks. E não demorou para surgir uma onda de vídeos nos quais o look todo justo recebia o temido “I don’t know” — uma forma sutil (ou nem tanto) de dizer “isso é coisa de tiozão”. Algumas millennials até entraram na brincadeira, defendendo suas roupas coladinhas como ideais para se exercitar. Outras ficaram chocadas ao descobrir que isso podia denunciá-las como "gente mais velha" - eu também fiquei! Mas como toda briga de geração, essa história vai além da roupa. Nos comentários, o que se vê é um debate mais profundo sobre corpos fora do padrão, sobre o quanto estamos mesmo escolhendo o que vestir — ou apenas seguindo algoritmos — e sobre como essa cobrança estética pesa (e muito) sobre as mulheres. No fim das contas, o que está em jogo não é só legging ou moletom, mas a liberdade de vestir o que quiser — e de se movimentar do jeito que preferir. E se amanhã for a vez da Geração Alpha (pessoas nascidas entre 2010 e 2025) apontar o dedo para as calças largas ou para o cabelo com risca no meio? Paciência. A moda gira, mas a autonomia sempre vai continuar em alta. Né, não?


ESCOLA DE HERDEIROS

Enquanto muita gente encara a escola como um lugar para aprender matemática e ciências, um preparatório para a vida adulta, a elite global enxerga de outra maneira: como um espaço para formar herdeiros preparados para manter — e multiplicar — fortunas. Em colégios internos na Suíça, como o Le Rosey e o Institut Rosenberg (apelidado de “a escola dos reis”), a anuidade ultrapassa os 130 mil dólares. Mas o foco ali não é apenas conteúdo acadêmico e sim, legado. Essas escolas são um verdadeiro preparatório sobre poder: fluência em idiomas, etiqueta internacional, direito sucessório - além de promoverem uma rede de contatos com príncipes, presidentes e CEOs. Eles não se consideram apenas colegas de sala — são parceiros estratégicos do futuro. Privacidade é palavra de ordem. A identidade dos alunos é protegida por lei, e o nível de segurança é digno de chefes de Estado. A lógica é simples: menos exposição, mais proteção. Ah, e tem também aula de gestão de riqueza. De estratégias fiscais a blindagem reputacional, esses jovens não estão sendo preparados para o mercado de trabalho, mas sendo moldados para comandar impérios. Parece ficção - mas é pura realidade.


Desejos de consumo

Um outono colorido: é isso que temos por aqui. Fiquei inspirada pela mostra, também super colorida, de Andy Warhol, em cartaz na cidade. Baseada nela, estão aqui as minhas escolhas da semana no Iguatemi. Venha junto!

Na montagem acima, arte de Andy Warhol, Untitled (Beauty Products), 1960.

1 - Que sala não iria celebrar a chegada dessa cerâmica de Jessica Koyama, da branco.casa?!

2 - O vestido de seda da Handred tem estampa baseada no modernismo brasileiro: luxo.

3 - Esse maiô de Adriana Degreas, sozinho, já é uma festa!

4 - Meu espírito criativo ficou aguçado com essa mule de napa e fita de cetim, da Ferragamo.

5 - Quanta elegância nessa toalha vice-versa da Hermès!


3 perguntas para

Roberta Batochio mora em Atenas. Ela é dona da Nomad Concept, uma loja de roupas, acessórios e objetos de decoração garimpados ao redor do mundo. Um olhar apurado e um gosto refinado permitiram que ela fosse de advogada a curadora de objetos de artistas e designers, que agora fazem parte do catálogo de suas três lojas, sendo duas na Grécia e uma em Trancoso, na Bahia.

1. Qual o papel da moda e da decoração na sua vida?

Eu sempre gostei de ver como as pessoas se expressavam. Para mim, a moda e a maneira como as pessoas decoram a casa delas é a forma como elas expressam sua veia artística. A minha formação é em Direito, eu fiz um mestrado em International Trade and Business Law e especialização em Entertainment Law, na Fordham University, em Nova York. Rapidamente comecei a ajudar artistas e cineastas a fomentarem seus projetos artísticos: essa sempre foi a minha verdadeira paixão.

Um fato curioso é que antes, a loja tinha mais objetos de moda. Aí, em 2020, no meio da pandemia, eu encontrei uma loja maior, de 200m². Como eu tinha que preencher o espaço enorme, eu trouxe coisas da minha casa. E quando a loja começou a funcionar, os clientes queriam comprar os meus objetos pessoais, o que me deu coragem de desenvolver a Nomad Home, que reúne objetos para casa.

2. Por que você escolheu a Grécia para abrir uma loja que propõe trazer elementos do mundo todo? E por que abriu a loja brasileira em Trancoso?

Depois de muitos anos trabalhando com desenvolvimento de projetos, eu tive um burnout e estava cansada de morar entre São Paulo, Nova York e Milão. Eu quis mudar minha vida e mudei para a Grécia com duas malas porque eu pensei: “Por que não a Grécia?”. E eu mudei realmente, porque eu queria mudar a minha vida e eu queria me dar uma oportunidade. Eu não sabia falar grego, eu não podia advogar. Então, o que eu tinha era esse meu olhar diferenciado para moda e para a arte.

Ir para Trancoso foi um desejo de voltar às origens. Trancoso é uma referência. Eu trago para a Grécia muitos elementos do Brasil, que não existem por aqui, e levo para o Brasil elementos gregos que não existem lá. É uma mistura de culturas. Abrir uma loja no Brasil só foi possível graças a minha irmã, Stela Batochio, que é minha sócia. E, agora em setembro, nós vamos abrir a Nomad nos Jardins, em São Paulo.

3. Como é morar na Grécia? Qual é a diferença entre o consumidor grego e o brasileiro?

Morar na Grécia é um exercício diário para uma pessoa que nasceu nas Américas, com uma sede de vida e uma vontade de vencer enorme, num país que é uma das civilizações mais antigas do mundo. Eu acho que as pessoas aqui nasceram com uma sabedoria que a geração Z tem hoje em dia, de parar no tempo e de respeitar os seus limites. Para mim, é um exercício diário de calma, de meditação, de autocontrole. É muito interessante, é maravilhoso, é desafiador e é muito satisfatório.

A diferença entre o consumidor grego e brasileiro são as formas de pagamento: o consumidor grego pede desconto e o brasileiro paga parcelado. E ambos gostam muito de coisas diversas, que não encontram nos seus próprios países.

Direto do meu Instagram

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Essa Semana Eu…

Acompanhei a repercussão no festival de Cannes e fiquei louca para assistir o filme de Kleber Mendonça Filho, “O agente secreto”


Engrossei a fervorosa plateia de Marina Lima, num show no Sesc Pinheiros - ela está em ótima forma


Dancei e cantei muito ao som de Gloria Gaynor, ao vivo na esplendorosa e divertida festa de 25 anos de casamento de Ana Eliza e Paulo Setúbal - inesquecível


Fiquei apaixonada por uma sapatilha Larroudé que vi no Instagram


Me emocionei demais no último episódio do documentário sobre Gloria Maria - está na Globoplay


Acompanhei de perto o lançamento dos cachepots de Maria Eugenia, a talentosa artista que ilustra nossa Caixa Postal, para a Massa Branca


Incluí na minha lista de desejos a bolsa de camurça marrom, modelo grande, da Miu Miu, com vários penduricalhos - bem hippie


Descobri mais uma collab da Levi’s, desta vez com a marca Sacai - maravilhosa


Gostei de saber sobre a abertura de estúdios de ginástica da Nike, na Califórnia e no Texas: mensalidade de $249


Percebi que enquanto isso, a rival Adidas lançou coleção para pets, com roupinhas, coleiras e malas


Vibrei com a confirmação da participação da escritora espanhola Rosa Montero na Flip


Consegui estar presente no encontro na casa de Paula Raia para celebrar sua nova coleção, com performance de Ivana Wonder - sempre uma experiência única


Gravei duas entrevistas para o canal de vídeos Somos Conversa, do Iguatemi. Uma com Martin Coudrillon e Gustavo Cedroni, da Metro Arquitetos, e outra com Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. Só posso dizer: aguardem porque foi bom demais


Soube que a Cartier criou uma joia especialmente para o novo filme de Wes Anderson, “O esquema fenício”, que está passando no Festival de Cannes


Comemorei com orgulho que o filme sobre a obra da fotógrafa Anna Mariani, dirigido por Alberto Renault, vai participar do festival de Asolo, na Itália - um dos principais de festivais de cinema de arte do mundo


Recebi o convite para o lançamento do novo livro de Ugo di Pace, e também para comemoração de seu aniversário de 98 anos - vai ser no próximo dia três, na loja Novo Ambiente


Soube que o segundo filme de “O diabo veste Prada” estreia dia primeiro de maio de 2026, com o mesmo casting original - quem aí está ansioso?

Acompanhei a abertura da primeira loja da Alo Yoga no Brasil, no Shopping JK Iguatemi


Tive um fim de noite iluminado com Cissa Guimarães sendo entrevistada por Pedro Bial

Almocei no Tappo com Tati Bernardi - amei nossa conversa

Abri, com delicadeza e carinho, a cesta que ganhei de Gio Sonda: puro afeto e ainda com um chá e chocolates deliciosos

Terminei mais uma temporada da série francesa que amo, “Imóveis de luxo”, da Netflix: os quatro filhos homens, o casal que fez 40 anos de casados e a avó Majô paquerando Raoni foram alguns dos pontos altos

Junto com muitos brasileiros e com a comunidade internacional, lamentei demais a morte do fotógrafo

Sebastião Salgado

video preview

Eu nunca tinha ouvido falar, mas assim que descobrimos, virei fã da banda Vetusta Morla, que nasceu na Espanha, fez o maior sucesso por lá e já está alcançando o mundo. Muito prazer!

O FUTURO É AGORA

A inteligência artificial veio para ficar. E, para a JBS, é uma aliada poderosa para uma produção de alimentos mais eficiente e sustentável, especialmente pensando em produzir mais com menos. A IA, combinada à biotecnologia e a práticas como a agricultura regenerativa, é uma das chaves para isso.

Gilberto Tomazoni, CEO global da empresa, participou do painel “Business and the Global Economy: Driving Growth and Innovation”, na Milken Conference, em Los Angeles, e foi direto ao ponto: num mundo que caminha para 10 bilhões de pessoas, a segurança alimentar precisa estar no centro da agenda global. Para ele, o setor de alimentos não é apenas parte da solução para esse desafio, mas também uma força de transformação frente às mudanças climáticas. Ele ainda alertou: para que essa revolução tecnológica no campo seja realmente inclusiva, é preciso levar inovação aos pequenos produtores - responsáveis por pelo menos 30% da produção mundial de alimentos. Isso inclui acesso à IA, biotecnologia, suporte técnico e, claro, financiamento.

Na JBS, a IA já molda o agora: desde a previsão de demanda que ajuda a evitar desperdícios, até sistemas que otimizam o desempenho das fábricas e fazendas, além de insights vindos diretamente dos consumidores. O posicionamento do CEO deixou claro que o futuro da alimentação depende de inovação com inclusão. E que a tecnologia, quando bem usada, pode ser um motor de justiça e sustentabilidade.

E aqui vai um aviso importante: todas as semanas recebo notícias que a newsletter não chegou ou foi parar no spam. Para reduzir isso, pedimos a gentileza de você adicionar o email da newsletter em sua lista de contatos ou verificar que é um remetente seguro. Isso faz com que sua plataforma de emails valide e você receba com tranquilidade nossas notícias todas as semanas. Conte comigo e continue mandando seus emails, leio e respondo a todos que posso. Seguimos juntos!

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