Rezar, performar, evoluir -e se divertir, por que não? Venha!
Rezar, performar, evoluir -e se divertir, por que não? Venha!
Tempo de leitura: 15 minutos
Tá frio, tá quente. Às vezes, mais difícil e poucas vezes, fácil: assim as coisas caminham. O mundo continua sem saber para que lado girar, se é pra direita ou se é pra esquerda. Conclusão: o melhor que temos a fazer é nos garantir - corpo ereto, peito aberto e mente elevada. E se nem assim der certo, vale voltar para o fim da fila e começar tudo de novo. C’est la vie.
Ilustração: Maria Eugenia
MÃOS UNIDAS
Será que as preces podem realmente mudar a nossa vida? A ciência está começando a responder que sim — e a explicação é muito interessante: um médico chamado Larry Dossey revelou estudos surpreendentes que sugerem que rezar pode influenciar diretamente a realidade física, e não apenas o bem-estar emocional. Pesquisas apontam que a intenção focada, seja por meio de oração ou meditação, consegue alterar padrões neurais, reduzir hormônios ligados ao estresse e até influenciar estruturas moleculares por meio da energia vibracional. Essas descobertas unem a sabedoria espiritual antiga com as mais modernas pesquisas da neurociência. Desde a física quântica até estudos sobre coerência entre o coração e o cérebro, cientistas exploram como a oração pode sintonizar nossas intenções às frequências energéticas do universo, moldando assim o que acontece ao nosso redor. Mais do que um ritual religioso, rezar agora tem sido também percebido como uma ferramenta bioenergética poderosa, que ativa o córtex pré-frontal e libera substâncias neuroquímicas ligadas à cura, tranquilidade e clareza mental. Gostei. E, sinceramente? Acredito.
Assado e cozido / Créditos: Reprodução Instagram; Divulgação
COISA DE FILME
Depois do “Human Regenerator”, aquela cama futurista que já citamos aqui – e que usa plasma frio e parece saída de um filme de ficção científica –, agora chegou a vez do Ammortal Chamber, um “primo” ainda mais extravagante, que virou queridinho de atletas profissionais e biohackers (como são chamados aqueles que buscam otimizar o próprio corpo e mente por meio de experimentos, tecnologias e hábitos, muitas vezes fora dos métodos tradicionais da medicina). A engenhoca custa cerca de US$ 160 mil e parece um acessório com design brutalista, de acrílico e em forma de raio, que brilha em vermelho, com jeito de tecnologia alienígena. Por dentro, a experiência mistura luz infravermelha, campo eletromagnético, hidrogênio molecular, som vibracional e meditação guiada – tudo ao mesmo tempo. Pode-se entrar na máquina de roupas íntimas ou mesmo pelado, ao gosto do freguês. Segundo usuários fiéis, os benefícios são espantosos: menos inflamação, mais energia, sono mais profundo e até cabelo nascendo de novo. Mas vale lembrar que, apesar da aparência de nave espacial, o Ammortal não é um equipamento médico, mas sim um “produto de bem-estar”, como a marca faz questão de enfatizar. Ainda assim, o time está de olho em estudos clínicos para validar os efeitos. Por enquanto, a engenhoca tem conquistado hotéis cinco estrelas e equipes esportivas, seguindo na missão de, um dia, ser acessível a qualquer boa academia. Será que o futuro da saúde vai ser mesmo assim?
Chez Mademoiselle: luxo de verdade / Créditos: Reprodução Instagram; Divulgação
RESSIGNIFICANDO
Um dos refúgios prediletos de Coco Chanel, a casa La Pausa, na Riviera Francesa, acaba de ganhar um up, mas sem perder o charme original, claro… Era lá que ela recebia seus amigos, artistas, políticos e personalidades nos anos 30. Localizada pertinho de Mônaco, em Roquebrune-Cap-Martin, a residência era elegante, sem frescura e com um certo toque minimalista - a cara dela. Quem comandou a restauração foi o arquiteto nova-iorquino Peter Marino, um velho conhecido da Chanel, da Prada, da Vuitton, da Tiffany - ele que assinou o projeto da nova loja no Shopping Iguatemi -, que passou quase cinco anos trabalhando para devolver à casa seu glamour original, com todo cuidado para preservar os detalhes que tornam o espaço tão especial. A decoração discreta, os móveis clássicos e até a arquitetura que lembra o Mosteiro de Aubazine (onde Coco viveu parte da juventude) foram cuidadosamente resgatados. Aliás, boa parte dos móveis e objetos decorativos originais precisou ser garimpada em leilões e antiquários - quase um quebra-cabeça. Mas o esforço valeu a pena: paredes com painéis de carvalho restaurados, espelhos enormes no banheiro principal e aquela vibe elegante e acolhedora que Mademoiselle Chanel tanto gostava. Agora, La Pausa volta cheia de charme histórico e sofisticação, pronta para retomar seu papel como palco de encontros artísticos e culturais. Para incluir no próximo roteiro na Côte D’Azur.
Se você gosta de puxar ferro na academia, provavelmente já ouviu falar da creatina. E se não gosta, provavelmente também. Ela está de volta aos holofotes, mas desta vez não só para ajudar a ganhar músculos: segundo o Wall Street Journal, a ciência está de olho nessa substância como uma aliada da saúde óssea, do cérebro, do sono e até do humor. Para entender melhor: nosso corpo já produz creatina naturalmente - algo entre 1 e 3 gramas por dia. Mas a gente precisa de um pouco mais, geralmente vinda da alimentação. E aí entra um detalhe importante: ela só é encontrada em carnes e frutos do mar. Para se ter uma ideia, seria preciso comer meio quilo de carne por dia para conseguir uns 2 gramas de creatina. Difícil, né? Especialmente para os vegetarianos… Agora, além daquela forcinha na academia, estudos apontam benefícios para idosos (que tendem a perder massa muscular com a idade), mulheres na menopausa (que sofrem perda de densidade óssea), e até jovens com noites mal dormidas. Tem pesquisa em andamento sobre efeitos na memória, cognição e até em sintomas de ansiedade e depressão. O negócio está tão promissor que ganhou até data comemorativa: nos Estados Unidos, 9 de julho virou o National Creatine Day. Mas calma: não existe milagre. A creatina é barata, com poucos efeitos colaterais, mas nada substitui o combo clássico: alimentação equilibrada, sono de qualidade e exercício físico regular. Isso daí não tem suplemento que substitua.
Mais uma pra conta / Créditos: Reprodução Instagram
BACIADA
Você já ouviu falar dos famosos moletons Parke? Eu nunca tinha ouvido, mas qualquer jovem nos Estados Unidos, fã de TikTok e estudante de universidades famosas, provavelmente sim. Eles têm gola alta e são feitos de um algodão mais grosso, custam cerca de 125 dólares e se tornaram uma verdadeira febre – além de símbolo de status entre universitários. Quem está por trás desse fenômeno fashion é Chelsea Kramer, uma influenciadora de 28 anos que começou o negócio há menos de três anos. Com sua marca, Chelsea conseguiu faturar 16 milhões de dólares só no ano passado. Parte do sucesso está justamente no estilo limitado e exclusivo das peças, que esgotam rapidinho nos lançamentos mensais. Filas gigantescas se formam nos eventos da marca, como aconteceu recentemente em um pop-up em Nova York, com fãs esperando por horas só para garantir um moletom especial com ilustrações temáticas da cidade. Chelsea virou uma influencer praticamente sem querer: começou vendendo jeans reciclados, e hoje acumula centenas de milhares de seguidores nas redes sociais. Mas nem tudo são flores: a marca passou por algumas polêmicas envolvendo supostos produtos genéricos vindos da China – algo que Chelsea nega. Apesar dos desafios, como problemas logísticos e as novas políticas comerciais dos Estados Unidos com a China, ela segue firme e forte, com planos de expansão. Pois é, mais um daqueles sucessos que merecem ser estudados…
Créditos: Divulgação / Reprodução Instagram
Desejos de consumo
Pois é: o Dia dos Namorados vem aí e eu cheguei à conclusão que precisaria de um espaço maior para colocar todas as minhas escolhas. Nesta e na próxima semana, estarão aqui algumas sugestões para namorados e namoradas que escolhi no Iguatemi. Para quem está namorando, mas também para quem quer se presentear. Afinal, a gente merece!
Na montagem acima, arte de Jim Dine, Two Hearts in a Forest, 1981.
1 - Com esse kaftan da Gallerist, a chegada vai ser no mínimo triunfal
2 - Essas boots da Zara fazem o outono ter muito mais charme
3 - Quem não gostaria de ganhar esse ovo de cerâmica com assinatura de um mestre brasileiro? Um toque de bom gosto, na loja da Oficina Francisco Brennand
5 - Skincare é o tipo de diversão que todas gostam -principalmente se for da La Mer
Crédito: Paulo Freitas
3 perguntas para
Zé Pedro é dos DJs mais populares do Brasil. Ele já fez um pouco de tudo: tocou em festas, desfiles, shows, programas de TV, abriu sua própria gravadora, a Joia Moderna, e ainda se aventurou pela literatura, com o livro “Mela cueca – As canções de amor que o mundo esqueceu” (que fez um sucesso enorme, diga-se de passagem). Quando não está nas pistas comandando a festa, ele ainda consegue surpreender em suas redes sociais, onde mistura, com talento único, histórias pessoais com história da música, nos lembrando que o passado ainda tem muito a nos ensinar.
1. Acompanhar você nas redes sociais é como ter uma aula de música e história. Quando você percebeu que tinha virado referência nisso? E como as redes sociais impactam o seu trabalho hoje?
Eu sou um cara apaixonado por arte desde menino, visto ter sido um filho único trancafiado em casa. No mundo atual, fico cada vez mais indignado com o descaso geral: tudo é novidade no streaming e as playlists da semana, causando um esvaziamento do passado cultural tão cheio de riquezas ainda pertinentes. Se hoje em dia somos, inevitavelmente, influencers, optei por me expor no formato "baú da véia", postando diariamente meu acervo de vídeos e canções raras, provocando comentários e curiosidade de pessoas de todas as idades.
2. Quais são as suas musas? E cantores de referência? Lembro que você resgatou, uma época, o Taiguara…
Maria Bethânia é o que eu chamo de musa raiz, o primeiro susto e prazer, com uma artista que enfrentou o preconceito e a ditadura, na década de 60 e 70, com sua especificidade. A partir dali, fui mergulhando em cantoras diversas: de Maria Creuza a Nana Caymmi, passando por Cazuza e Taiguara, dois compositores que homenageei na minha gravadora, Joia Moderna.
3. Você participou da história de grandes clássicos da música brasileira. E, recentemente, realizou trabalhos com Letrux e Catto. O que você pode dizer sobre essa nova geração de artistas?
Letrux e Catto já são da geração anterior de artistas independentes, surgida no início da década. Hoje em dia, não temos mais movimentos musicais, visto que as redes sociais disseminaram a ideia do coletivo. A sede de poder e dinheiro acentuou o individualismo também na música. No máximo, existe o que chamam de “feat” -mais ligado ao engajamento que afinidade musical em si.
Participei de uma noite especial com vinhos Mataojo, da vinícola que Benjamin Steinbruch tem no Uruguai - o cardápio era da famosa Preta, do Restaurante da Preta Aplaudi a performance de Gregorio Duvivier - erudito e cheio de humor e ironia em Céu da Língua, no teatro Sérgio Cardoso Me deliciei com a caixinha de sorvetes quadradinhos, da Bacio di Latte, de framboesa coberta com chocolate - a mistura do azedinho da fruta com chocolate é surreal Fiquei sonhando com essa cafeteira italiana Bialetti Venus, de inox e cobre - amo! - que achei no Magalu: é puro charme, a cara de uma tarde de outono entre amigos - e ah, faz seis xícaras Pirei, mais uma vez, com a collab da marca Maharishi com a Birkenstock Tomei um chá da tarde dos sonhos na Japan House - que lugar especial é esse? Recebi o novo exemplar da revista Velvet com a reportagem que fiz com a galerista Luisa Strina: ficou linda Fiquei emocionada com Wagner Moura e Kleber Mendonça fazendo o Brasil sentir orgulho em Cannes e no mundo Fiquei folheando o livro recém-lançado de Dani Tranchesi, “Seja o que Deus quiser”, com fotos feitas em várias cidades do Brasil Acompanhei de perto os preparativos para a viagem que a Latitudes vai fazer para Grécia, Puglia, Albânia, Montenegro e Croácia: destinos e experiências únicas Li, no Financial Times, sobre a reforma de um antigo teatro em Roma, feita pela estilista Maria Grazia Chiuri e sua filha, Rachele Regini Detectei a primeira trend de drinks deste verão: pimentas jalapeños no vinho rosé - achei bem engraçado Vibrei com os convidados do espectro autista que entrevistaram Seu Jorge no Fantástico: esse quadro é muito especial, muita emoção envolvida Não pude comparecer à inauguração novo endereço da clínica de Roseli Siqueira, que lançou também uma collab com Isabella Fiorentino Acompanhei a venda da Rhode, marca de beleza de Hailey Bieber, por 1 bilhão de dólares, apesar de só existir há três anos… Queria muito, mas não consegui assistir à performance de Anna Bella Geiger, no teatro Unimed, uma iniciativa da ATTO Arte, de Andréa Tchalian Conde e Paula Trabulsi Fui impactada com o texto de Manuela Dias para Debora Bloch, ao lado de Humberto Carrão, em Vale Tudo - um primor Quero muito ler o novo livro de Miriam Goldberg “Memórias de uma antropóloga malcomportada “ com lançamento na livraria da Travessa, do Iguatemi Coloquei na lista de desejos a nova sandália da Loewe, tipo uma Birkenstock Boston Descobri que o projeto social Moda Rua e Arte, idealizado por Alberto Hiar, diretor criativo da Cavalera, vai ganhar uma nova edição ainda este ano - a iniciativa é gratuita e prova que moda é uma grande ferramenta para transformação social nas comunidades periféricas urbanas Recebi uma caixinha recheada com as balas de goiabinha com molho de catupiry derretido, de Mazzô França Pinto - pense num sonho… Ganhei, de Karin Dauch, um tipo de almofada de galinha (ou seria um peru?), muito engraçada e charmosa, da John Derian para a Target - veio em mãos, direto de Nova York Lembrei muito de minha mãe, que dizia que a gente faz planos e Deus ri…
Mais sofisticado, impossivel: esse é Rufus Wainwright, cantor canadense do qual eu já tinha ouvido falar há muito tempo, mas só agora me apaixonei de verdade. Em boa hora. Aqui, ele canta um dos maiores sucessos de Neil Young. Aproveite e se encante também.
Ilustração: Maria Eugenia
ESTILO E CONSCIÊNCIA
Acaba de nascer a Nômade: foi no dia 26 de maio, segunda-feira passada, que a Leather Labs, marca de couros da JBS, lançou sua nova coleção, feita para quem não para e adora encarar novas aventuras sem perder a elegância. A ideia é simples: são cintos para todas as ocasiões, desde o dia a dia de trabalho até viagens e outros momentos especiais, acompanhando tanto a rotina acelerada quanto o lazer. Cada um dos oito modelos recebeu um nome que reflete bem o espírito das peças: Aurora, Bravura, Encanto, Euforia, Magna, Serena, Sublime e Virtuosa. Já para os homens, são três opções: Atlas, Titan e Valente — alguns deles com dupla face, o que permite variar as combinações. O acabamento é impecável, com borda italiana, fivelas em tons dourado, prateado e ônix, passadores metálicos e ponteiras reforçadas.
E vale lembrar: a Leather Labs, além dos produtos, é uma plataforma que respira couro, unindo tradição e inovação, tudo feito com responsabilidade ambiental e social — inclusive apoiando ONGs e ações que impactam positivamente toda a cadeia produtiva.
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