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May 18 • 10 min read

Consertando situações, revisando prioridades, desvendando os novos tempos: mãos à obra


Consertando situações, revisando prioridades, desvendando os novos tempos: mãos à obra

Tempo de leitura: 14 minutos

Vi muita gente sensibilizada, esta semana, nas redes sociais, na TV e por todo lado, com a morte de Pepe Mujica, um pensador como poucos. Ele tinha um olhar afetivo e preciso sobre o homem, a América Latina e o mundo. Minhas homenagens vão para ele, enquanto trago esperança, informações e descobertas que podem nos ajudar a entender esse cenário maluco em que vivemos. Tenho o maior prazer em dividir tudo aqui com você.


PRIMEIROS SOCORROS

A gente vive numa era em que os egos estão cada vez mais barulhentos. Desde os anos 70, o número de pessoas com personalidade narcisista aumentou, especialmente entre os jovens. E com as redes sociais, isso só piorou: agora todo mundo quer ser influencer, youtuber, famoso, acontecer. Metade dos jovens já admite sonhar com esse tipo de profissão. O problema é que tudo indica que quanto mais forte fica o ego, mais cai o índice de felicidade. É o chamado "paradoxo da autorreflexão": pensar demais em si mesmo é uma vantagem evolutiva, mas em excesso leva à tristeza e ansiedade. Mas nem tudo está perdido: dá para sobreviver feliz no meio dessa bagunça, cultivando o chamado “ego tranquilo”. Mas, afinal, do que se trata isso? Na verdade, esse conceito surgiu em 2008 e significa ter uma identidade equilibrada, pensando em si, mas também nos outros, mantendo humildade e abertura para mudanças. Gente assim costuma ser mais feliz, mais satisfeita e lida melhor com problemas e até traumas. Não por acaso, pessoas com ego tranquilo geralmente são mais empáticas, abertas e conscientes. Para colocar isso logo em prática é importante fazer duas perguntinhas: “O que os outros precisam que só eu posso oferecer?” e “O que pode melhorar ao meu redor e como posso contribuir?”. E duas afirmações: “Eu posso estar errado” e “Eu não sou as minhas emoções”. No fim, talvez a gente não precise mesmo ir morar num mosteiro: cultivar o ego tranquilo pode ser suficiente. Topa?


MUDANÇA DE HÁBITO

Sabe aquele papo clássico de perder uns quilinhos antes do casamento? Pois é, agora o Mounjaro e seus similares estão dando uma nova cara para essa história. Cada vez mais noivas e noivos estão apostando nesses medicamentos para emagrecer rapidamente antes do grande dia. E quem anda quebrando a cabeça com essa nova moda são as costureiras, claro: vestidos que antes eram ajustados com pequenos detalhes, agora exigem quase uma reconstrução completa, já que algumas noivas chegam a diminuir vários tamanhos em poucos meses. Já tem costureira que evita mexer em vestidos prontos porque é um trabalhão e muita responsabilidade. Por outro lado, algumas estão se tornando verdadeiras heroínas dos ajustes de emergência. O engraçado é que não é só o vestido que pode mudar: especialistas acreditam que os cardápios das festas também vão precisar se adaptar, já que esses medicamentos costumam reduzir bastante o apetite e a vontade de beber também dos convidados. Ou seja, logo, logo talvez a gente vá ver garçons circulando com mini cupcakes, em vez daqueles pedaços generosos de bolo. A conferir.


VIVENDO A VIDA LOUCA

Alguém aí já ouviu falar em sala de longevidade? Eu nunca tinha ouvido, mas de acordo com o Financial Times, alguns super-ricos possuem agora espaços dedicados exclusivamente a equipamentos tecnológicos que prometem saúde e vitalidade extra. Um deles é o "Human Regenerator", uma cama futurística que usa plasma frio para melhorar a função celular - que pode custar €142 mil (aproximadamente 890 mil reais). E, acredite se quiser, uma das pessoas entrevistadas pelo jornal que possui essa máquina nem sabe exatamente como ela funciona, mas garante que quando usa, se sente muito melhor… O mercado imobiliário de luxo percebeu que cada vez mais pessoas estão investindo pesado em aparelhos e tratamentos para aumentar o "healthspan" – termo que se refere não apenas a viver mais, mas a viver melhor, com saúde em dia até o fim da vida. Essa tendência explodiu após a pandemia, e o que antes era visto como extravagância, hoje virou ponto forte de venda em imóveis super exclusivos. Nos Estados Unidos e Europa, imóveis de altíssimo padrão já incluem espaços dedicados a tratamentos sofisticados, como terapia com luz vermelha, câmaras hiperbáricas e até máquinas para filtrar nanoplásticos da água. Empresas especializadas chegam a criar quartos personalizados, com ventilação especial e capacidade elétrica ampliada, pensando em futuras tecnologias que ainda nem chegaram ao mercado. E o negócio não para por aí: em Mykonos, uma casa de luxo para alugar oferece aos hóspedes instalações como câmaras de oxigênio hiperbárico e sessões com profissionais de saúde que fazem até exames de sangue no local. Resultado? Clientes famosos, incluindo atletas e celebridades, procuram a propriedade justamente por essas facilidades. Apesar de alguns especialistas alertarem sobre exageros e falta de evidências científicas para certos tratamentos, quem investe nesses espaços não parece nem um pouco preocupado.

MAIS CARINHO POR FAVOR

Quem nunca interrompeu alguém numa conversa e ficou se sentindo mal depois? Pois uma pesquisa recente publicada na revista científica Journal of Neuroscience & Psychology trouxe uma luz nova sobre esse hábito: pessoas que fazem isso com frequência são sempre mal interpretadas - e a razão por trás disso é mais surpreendente do que se imagina. Os pesquisadores perceberam que os famosos "interrompedores crônicos" geralmente processam as informações mais rápido do que a média, sentem ansiedade ou desconforto diante do silêncio, e têm medo de esquecer a ideia que surgiu na cabeça se não falarem logo. E o mais curioso é que, apesar de a interrupção geralmente ser vista como desrespeito ou uma tentativa de chamar atenção, na verdade, para muita gente, é mais um reflexo emocional ou neurológico do que falta de educação. Portanto, quando algum amigo apressado interromper a conversa pela quinta vez, lembre-se: talvez ele só tenha uma mente acelerada, uma ansiedade exacerbada ou esteja empolgado demais com o tema. Nem toda interrupção é falta de educação - e ter paciência é um sinal de civilidade e empatia. Gostei.


ALTA INTENSIDADE

José Celso foi uma das mentes mais brilhantes do teatro brasileiro e, mesmo depois de morrer, ele continua sempre vivo. Fui assistir, na semana passada, no Sesc Pompeia, Senhora dos Afogados, texto de Nelson Rodrigues que era um antigo sonho de Zé Celso, montado, agora, por Monique Gardenberg. Vi várias amigas no palco, como as irmãs Michele e Muriel Matalon, Cristina Mutarelli e Giulia Gam. Fiquei impressionada com a performance de Leona Cavalli, maravilhosa, e Lara Tremouroux. Marcelo Drummond, no principal papel masculino, também estava excelente. Mas todo o casting, músicos, figurinistas, iluminadores: todos fizeram desse um espetáculo inesquecível. A temporada foi curta, mas o grupo volta a São Paulo dia 30 de maio, no Teatro Oficina. Uma joia rara.


Desejos de consumo

Agora que o calor não está tão intenso, a vida nos convida a passar mais tempo ao ar livre. Com essa ideia na cabeça, percorri os corredores do Iguatemi e aqui estão minhas escolhas desta semana!

Na montagem acima, pintura de Claude Monet, Road to the Saint - Simeon Farm, 1864.

1 - Se o tempo virar ou se o sol ficar muito forte, um carré de seda é sempre bem-vindo, como esse da Gucci.

2 - Uma dupla sem compromisso para planar por aí: esse chic todo é de Carolina Herrera.

3 - Para captar os melhores momentos e o sorriso mais gostoso, essa câmara compacta de fotos Latch 110, da Lokigraphy, que encontrei na Zara Home.

4 - Sapatilhas básicas e confortáveis para caminhar na grama, sim, mas com estilo - como essas de Alexandre Birman

5 - Uma cesta de piquenique dessas é o sonho de muita gente - como eu, por exemplo: essa é da Hermès.


3 perguntas para

Jacqueline Terpins é uma artista e designer reconhecida especialmente por seu trabalho em cristal soprado ou vidro plano. Estudou no Brasil com vários artistas, entre eles Lygia Pape. Graduou-se em Londres e, na volta, cursou comunicação visual na Escola de Belas Artes da UFRJ. Em seu portfólio também estão incluídas obras com outros materiais como madeira, corian e metais.

1. Como você chegou no vidro como material de trabalho? Por que ele atrai você? Como você consegue se reinventar e inovar com ele?

O meu lugar de encontro com o vidro se dá na alta temperatura. É através dela que os materiais se transformam e sugerem diálogos que, fundados no respeito, criam um ambiente de intimidade que fazem do processo técnico tão relevante e prazeroso quanto o processo criativo. O calor é o núcleo de todo o corpo do meu trabalho. A mesma alta temperatura que incide nas matérias-primas e as tornam suscetíveis, também as conduzem às suas formas e comportamentos mais essenciais que sugerem caminhos. Estar atenta ao que flui, é a lição que aprendi ao dialogar com o vidro incandescente


2. Quais são suas referências mundo afora?

O premiado artista plástico indo-britânico Anish Kapoor, autor da icônica obra Cloud Gate, localizada no Millennium Park, em Chicago. E o arquiteto japonês Ryūe Nishizawa, que tem o New Museum, em Nova Iorque, e o Museu de Arte Contemporânea do Século 21, de Kanazawa, no Japão, entre suas principais obras.


3. A que você atribui o fato de ser muito bem falada a cada SP Arte?

A cada edição da SP Arte eu me proponho a lançar um novo trabalho, um novo desafio. Penso que o meu percurso só ganha verdadeiro sentido quando em constante construção dialética comigo e com o mundo.

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Essa Semana Eu…

Comecei a ficar ansiosa aguardando o novo livro de Adélia Prado, “Jardim das Oliveiras”

Lembrei meu início no funk numa aula maravilhosa com a professora Cláudia Rosa

Encontrei Lígia Cortez no Sesc Pompeia - ela dirige a escola de Teatro Célia Helena, referência

Fiquei emocionada com uma foto do papa Leão XIV jovem, que graça

Estou sonhando com uma cadeira de Sergio Rodrigues que vi na loja da Handred, no Iguatemi

Acompanhei de longe a estreia da mostra Aberto, desta vez em Paris

Recebi a extraordinária Maria Ribeiro para uma conversa com plateia lotada na Casa Vivo - foi demais!!

Por intermédio de uma amiga que mora em Londres, ouvi a jovem cantora, Liv Masett, que mora na Irlanda, filha de uma amiga querida que morava lá

Coloquei a cidade de Arles, França, na minha lista de desejos para uma próxima viagem

Ganhei um presente lindo de Oskar Metsavaht: um pulôver com uma rosa, da Osklen, que eu queria muito - vi Paulo von Poser usando…

Me emocionei com as homenagens e com as frases de Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai e pensador latino-americano, que morre

Fui submetida a tratamentos megaespeciais, de ponta, por minha dermatologista Dra. Paula Rahal e as máquinas maravilhosas da clínica Otavio Macedo

Descobri na internet novos tênis da New Balance em parceria com a marca Aimé Leon Doré - como não amar?

Viajei junto com as fotos postadas por Helinho Pires dos Caravaggio, em Roma

Me juntei a vários conhecidos do país e, principalmente da Bahia, na tristeza pela morte de Divaldo Franco, considerado uma espécie de herdeiro de Chico Xavier

Fui conhecer o novo espaço de Dani Laloum e suas flores, plantas e arranjos maravilhosos, na rua Macunis

Não consegui estar presente na abertura da mostra de Iuri Sarmento na galeria Bolsa de Arte de São Paulo - sou fã do trabalho dele

Fiquei babando com leilão que acontece na Sotheby’s, em Paris, com as obras de François-Xavier Lalanne, parte da coleção de Betty Catroux

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João Gomes por si só já garante que o bagulho é bom. Agora, junto com Jota.pê, com um Grammy, e Mestrinho, com outro, só podia dar nisso: sucesso absoluto desde o primeiro momento. Não posso deixar de concordar: esse trio é mesmo do barulho.

NOVIDADES À VISTA

Até o fim do ano, a Seara chega com muitas novidades -mais de 90 lançamentos devem aterrissar nas prateleiras de todo o país, com direito a snacks pensados para maratonar séries, proteínas sob medida para airfryer e até salames com trufa ou pistache -luxo! A ideia é atender o que o consumidor está buscando hoje: praticidade, sabor e inovação.

Uma das grandes apostas da marca está no “snacking time” -aquele momento entre refeições que está ganhando espaço nos hábitos alimentares. E é aí que chega a parceria com a Netflix, que rendeu uma linha de gostosuras inusitadas: tem Mini Hot Dog Coreano, Bolinho de Carne com molho Barbecue e até um “Round Chicken” inspirado na série coreana Round 6, com pedaços de frango empanados nos formatos icônicos da produção.

Na mesma pegada de conveniência, a Seara lança a primeira linha de produtos pensada especialmente para a airfryer — eletrodoméstico que já conquistou quase metade dos lares brasileiros. São mais de 20 opções, de coxinhas de asa pré-assadas até pizzas, lasanhas, pescados e até um inédito bolovo.

Pensando também em quem busca refeições com alto teor de proteína - seja para dietas de ganho de massa magra ou para perdas em tempos de canetas emagrecedoras -, a nova linha proteica da Seara chega na hora exata.

As novidades mostram que a marca está alinhada às novas demandas do consumidor moderno. Além disso, a Seara também investe no portfólio premium, com hambúrgueres com blends de Angus e trufas.

A ideia é estar presente em todas as ocasiões. Em grande estilo.

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