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Jun 22 • 13 min read

Desafios, conquistas, bem estar, pés ao léu e o café como rei da festa. Acho que está bom, não?


Desafios, conquistas, bem estar, pés ao léu e o café como rei da festa. Acho que está bom, não?

Tempo de leitura: 16 minutos

Nesta semana teve show de Fábio Jr, que sempre amei, teve também uma gripe braba, teve bons resultados e novas conquistas. Teve organização de agenda para uma temporada fora. Estarei longe sim, mas estarei bem perto por aqui. Escrevo este texto na fila do embarque para Paris, no aeroporto lotado de Lisboa, já que estamos começando o verão no hemisfério norte. E nós, você e eu, por aqui, sempre juntos. Prometo trazer muitas histórias e muitas coisas interessantes nas próximas semanas. Assim é a vida.
E eu gosto muito.


A NOVA ESTÉTICA

Sabe aquele ditado que diz que “quem vê close, não vê corre”? Pois ele está ganhando uma nova versão: “quem vê simplicidade, talvez esteja vendo poder de verdade”. Isso porque, enquanto muita gente ainda se desdobra, estica e puxa para parecer rica — com look do dia parcelado, celular do ano e viagens milimetricamente instagramáveis, — tem gente indo pelo caminho oposto. E não é por falta de grana, não: é por escolha mesmo. A nova jogada de mestre é parecer “pobre” — ou melhor dizendo, discreto. Nada de ostentar carro de luxo, roupa de marca famosa ou estilo de vida de comercial de TV.
O luxo agora é viver leve, sem a pressão de ter que provar nada para ninguém. Porque, sejamos sinceros: ostentar cansa. E custa. E atrai o tipo errado de atenção. A lógica é parecida com aquela história do “Efeito Diderot”: você compra uma coisa sofisticada e especial e sente que o resto da vida precisa acompanhar o mesmo padrão: troca o sofá, muda o tapete, renova o armário, gasta mais do que queria e entra num ciclo sem fim. A liberdade, nesse caso, está em dizer “não, obrigado” para esse upgrade sem fim. E mais: quem vive com menos barulho muitas vezes vive com mais paz — sem caçadores de status por perto, sobra espaço para conexões de verdade. E, de quebra, sobra grana também — para investir, guardar, viajar com propósito, aprender algo novo. No fim das contas, parecer “pobre” virou uma nova forma de ser rico — em tempo (que virou um asset), em tranquilidade, em escolhas. Porque, no fundo, o que vale não é o que a gente mostra — é o que a gente vive, certo?


PSICODRAMA COM VISTA

Já pensou em tirar férias de luxo com a família... e um terapeuta a tiracolo? Pois é, essa é a nova tendência entre famílias muito muito ricas: transformar aquele descanso em um hotel paradisíaco em uma oportunidade de se reconectar — de verdade — com os filhos.
Na costa de Matakana, na Nova Zelândia, uma propriedade com uma piscina dos sonhos, spa aquecido, adega secreta e quadras de tênis oferece algo a mais: sessões de orientação familiar. Por cerca de 80 mil dólares (sem contar as passagens), o retiro da Bluestone Families inclui tudo o que se espera de uma viagem dos sonhos, mas com um detalhe essencial: um profissional especializado acompanha os pais e filhos, ajudando a trabalhar melhor os dilemas do dia a dia em família. A ideia é simples, mas poderosa: aproveitar o tempo longe das telas, dos e-mails e dos compromissos para cultivar vínculos mais profundos. Essa proposta surgiu de uma viagem entre amigas em 2019, quando a psicóloga infantil Deirdre Brandner e a executiva Andrea Grant Robbiati (dona do imóvel) se deram conta de que os desafios familiares estavam afetando tanto o trabalho quanto a saúde mental de seus clientes. A lógica por trás desse tipo de experiência vai além do luxo: estudos mostram que filhos de pais ricos enfrentam forte pressão para ter sucesso e, ao mesmo tempo, sofrem com sentimentos de solidão e distância emocional. Um ambiente acolhedor e conectado é, segundo especialistas, o melhor antídoto contra ansiedade, depressão e outros problemas do gênero.
No fim das contas, talvez a maior extravagância hoje não seja a vista para o mar ou a suíte cinco estrelas — e sim, encontrar tempo — e coragem — para olhar nos olhos da família e perguntar: “Como você está, de verdade?”


OS ÚLTIMOS ROMÂNTICOS

Quem diria, né? Em pleno 2025, com todo mundo cansado de dar match e não dar em nada, o amor à primeira vista está em alta de novo. Pode parecer coisa de filme antigo, mas, segundo uma pesquisa feita pela Match com o Instituto Kinsey, 60% dos solteiros americanos dizem que acreditam nessa história de se apaixonar logo de cara. Quase metade jura que já viveu isso. Um surto? Talvez. Mas um surto romântico — e como não celebrar? O mais curioso é que isso está rolando justo agora, quando a vibe geral do namoro é de puro cansaço: muita gente desiludida, saturada dos apps, e ainda assim acreditando que vai bater o olho em alguém e sentir aquela conexão mágica. Vai entender… A explicação dos especialistas é que o próprio jeito de conhecer pessoas mudou. Antes, a gente se envolvia devagar, conversava, saía algumas vezes. Agora, com o arrasta pra cá e pra lá, ou a coisa engata na primeira ou já era. Então, quando rola aquela faísca, a impressão é de que é amor. E pode até ser — ou pelo menos um belo começo. O psicólogo Paul Eastwick, que estuda atração, diz que algumas pessoas realmente sentem algo forte logo de início. Às vezes é físico, mas muitas vezes é uma conversa boa, uma afinidade inesperada, aquele clima que faz a gente pensar “hum, tem algo aqui...”. Só que isso não quer dizer que o relacionamento vai durar para sempre — e nem mesmo se ele vai durar algum tempo. O amor que faz o coração bater forte no começo é diferente daquele que se constrói com o tempo, mais calmo, mais pé no chão. Mesmo assim, é bonito ver que o romantismo ainda resiste. Parece que bateu um cansaço, mas ainda tem quem acredite que existe sim alguém especial por aí — e que esse alguém pode ser seu.
Hoje em dia, com menos pressão para seguir um roteiro de vida certinho, muita gente está disposta a esperar por algo que seja extraordinário. E se esse algo vier com um olhar atravessando a sala e aquele friozinho na barriga... por que não?

A HORA E A VEZ DO CAFÉ

Sabe aquela ideia de que festa boa tem que virar a madrugada e acabar com ressaca? Pois é, parece que os tempos mudaram — e, no lugar do álcool e da badalação noturna, quem está ganhando espaço nas pistas (de dia, diga-se de passagem) é o café. As chamadas coffee parties — festas regadas a cafeína, música e comidinhas — estão conquistando a geração Z. Os jovens querem se divertir sem abrir mão do sono, nem da saúde. Essa tendência, que já faz sucesso em países como Espanha, Estados Unidos e até Dubai, agora tem ganhado força por aqui, especialmente nas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O conceito é simples: encontros com clima leve, ao ar livre, geralmente à luz do dia, com cafés especiais no centro das atenções. Nada de open bar — os brindes são feitos com frappés, espressos e cold brews criativos. Em São Paulo, o Âme Pâtisserie foi um dos primeiros cafés a apostar no formato. Já a marca Biscoitê organizou a sua Brew & Beats num casarão em Higienópolis, com DJ, violinista e um frappé de pistache que virou hit do evento.
Para especialistas, o movimento diz muito sobre essa nova geração: menos interessada em excessos, mais preocupada com o bem-estar e conectada com experiências que rendem boas histórias — e boas fotos, claro. Afinal, o café virou mais que bebida: é símbolo de estilo de vida. E se ele vem junto de boa companhia, música e um pôr do sol? Melhor ainda.


PÉ FRIO

Sabe aquele hábito estranho (mas estranhamente confortável) de dormir com um pé para fora do cobertor? Pois é, ele tem uma explicação científica — das boas. Um estudo de 2023, publicado no Journal of Physiological Anthropology, mostrou que esse costume que parece aleatório é, na verdade, um truque eficaz para dormir melhor.
Funciona assim: a sola dos nossos pés tem vasos sanguíneos especiais que ajudam o corpo a liberar calor rapidamente. Quando a gente deixa um pé de fora, o corpo consegue regular melhor a temperatura interna — e isso é essencial para o cérebro entender que está na hora de dormir, liberar melatonina e começar a desacelerar. O resultado? A gente adormece mais rápido e tem um sono de qualidade superior.
Ou seja, da próxima vez que você estiver rolando na cama sem conseguir dormir, talvez tudo o que você precisa fazer é tirar só um pezinho debaixo do cobertor. Fiquei curiosa para testar. Mas sinceramente, com esse frio que tem feito em São Paulo, vou deixar é os dois pés bem cobertos. Obrigada. De nada.

Desejos de consumo

Ah, la dolce vita! O verão europeu está começando e como
não sonhar com dias de far niente em Capri? Pois foi essa a inspiração que motivou minhas escolhas desta semana
no Iguatemi!

Na montagem acima, foto de Slim Aarons.

1 - Um vestido para o cair da tarde na piazzetta? Tem na BDLN

2 - Muito bem acompanhada por esses colares da Guerreiro: pronta para um Negroni ao cair da tarde?

3 - Um mergulho? Sim, mas muito elegante per cortesia, com shorts Vilebrequin

4 - Gostei desta mala de rodinhas da Gucci: faz
bonito para uma entrada triunfal nos melhores
hotéis da cidade

5 - O conforto, sim, mas o charme dessas sandálias
da
Prada


3 perguntas para

Quem vê o rostinho de boneca nem imagina que Isa Scherer, a filha do ex-nadador Fernando Scherer (mais conhecido como Xuxa), já se aventurou pelo mundo da natação, foi atriz, dona de marca de roupas, vencedora do MasterChef e ainda é mãe de gêmeos. Multifacetada e sem medo de arriscar, Isa hoje faz sucesso com seu novo empreendimento: a loja dos cookies mais desejados do momento, a Scherbi’s

1. Você foi atriz, dona de uma marca de roupas, chefe de cozinha e agora é dona de um dos biscoitos mais disputados do iFood. Como isso aconteceu? Você acha que tudo isso conversa, de alguma forma?

Isso tudo conversa, com certeza. O meu lado de atriz sempre conversou muito com o meu lado de comunicadora e eu sempre tive essa vontade de empreender. Então, eu tive minha marca de roupas e, a partir do momento que já não fazia mais sentido para mim, surgiu uma vontade de empreender no ramo da gastronomia. E, hoje em dia, é onde eu realmente me encontrei, é onde meu coração bate mais forte.

Tudo foi acontecendo de uma forma muito natural. Desde o MasterChef, essa vontade nasceu e demorou alguns anos para eu realmente entender o que eu queria fazer no ramo da gastronomia, encontrar minha sócia e tirar esse projeto do papel.

2. Como você se vê nesse mundo de influenciadores? Onde você se encaixa?

Eu não sei se eu tenho um nicho muito definido. Eu acho que, talvez, esse seja o meu diferencial: onde eu me encaixo é não me encaixando em nenhuma caixa. Porque eu abordo um pouco de lifestyle misturado com gastronomia e informação. E eu trago informação porque eu gosto de fazer a diferença na vida das pessoas, ensinar a cozinhar, a ir para a cozinha, a viver isso com os amigos, com a família… E, ao mesmo tempo, gosto de mostrar um pouco de moda, um pouco da minha família…

3. Você escolheu esse ramo dos biscoitos ou foi algo do acaso?

É o doce que eu gosto de comer em casa, só que mais equilibrado, o que eu sempre tive dificuldade de encontrar. Porque os doces, ou eles são muito chiques e diferentes, ou são caseiros e muito doces. Então, eu sentia falta desse caseiro mais equilibrado, que é o que eu tento fazer. Eu sempre quis vender cookies congelados, na verdade. Eu havia decidido isso, mas virou um plano para o futuro. Há muitos anos eu testo receitas e faço em casa, com a minha mãe. Ela me ajudou muito a chegar na receita perfeita do cookie tradicional. Ela também fez vários testes de bolos - gosto muito de comer bolos. Então, uma das vertentes da Scherbi’s, que ainda não está tão forte, mas será em breve, são outros sabores de bolos.

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Essa Semana Eu…

Sentei no gargarejo - bem na frente, na primeira fila - do show de Fábio Jr. no Tokio Marine Hall - como eu amo!

Matei saudades num jantar dos sonhos no restaurante Mani e ainda tive a sorte de ter a presença de Helena Rizzo naquela noite, no comando da cozinha — difícil uma experiência tão boa como essa

Fui visitar a feira do livro no Pacaembu, um orgulho para São Paulo, e me emocionei com uma placa em homenagem a editora Heloísa Buarque, que voltou a se chamar Heloisa Teixeira, e que morreu este ano

Assim como tanta gente que eu conheço, peguei uma gripe, um vírus ou bactéria, sei lá o nome, mas foi horroroso, fortíssimo, com direito a bombinha de asma, cortisona e outras coisinhas mais

Passei horas de meus dias lendo o novo livro de Giovana Madalosso, Batida Só - ela escreve muito bem, impossível parar

Me diverti muito brincando com os livrinhos de Bobbie Goods - o mais engraçado é ficar recebendo mensagens de amigas que também estão nessa

Vi que a editora Assouline acaba de lançar um livro sobre Portugal, feito por Cacá de Souza e Charlene Shorto - o lançamento foi sexta-feira, em Lisboa

Almocei com minha amiga Manu Milan Perez, que mora em Madrid e estava hospedada na casa da mãe, a artista plástica Denise Milan - depois da sobremesa, um bolo de tâmaras que é uma receita da família, teve um tour pela sala de quartzo e por todos os trabalhos superinteressantes que ela desenvolve no próprio apartamento, em Higienópolis

Fiquei animada com presença mais constante da dupla de secretárias de Vale Tudo, Karine Telles e Belize Pombal: elas valem cada minuto que estão no ar, um banho de talento

Fui convidada para o happy hour de lançamento do documentário sobre os 25 anos do réveillon mais fervido de Trancoso, do Taípe - vai ser dia 1º de julho

Só posso dar os parabéns para Natalie Klein - ela lançou a Nk Archive, com peças antigas de coleções passadas

Resolvi investir em um brinquedinho que encontrei no Magalu: um vibrador etc, etc e tudo o mais - ah, as delícias das mulheres modernas…

Entrevistei Bob Wolfenson para o Somos Conversa, do Iguatemi: o vídeo ainda não foi ao ar, mas foi muito interessante conversar sobre a carreira e desafios, especialmente com esse fotógrafo que é um dos mais importantes do Brasil

Acompanhei, de longe, o lançamento do filme Hotel do Amor, que aconteceu ao ar livre, em Lisboa. A direção é do meu amigo Hermano Moreira, que mora por lá já faz um tempo

Fui, finalmente, visitar a mostra da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos, na Casa Triângulo, de Ricardo Trevisan: original e muito especial

Soube que um dos meus estilistas favoritos, Francesco Risso, saiu da Marni, marca que sou mega fã, depois de 10 anos no comando: fiquei triste

Recebi o livro de Erik Sadao sobre Benelux: uma maravilha. O lançamento foi essa semana, mas eu estava combalida e não pude comparecer

Senti muito que acabou o estoque de caramelos vindos diretamente de Tóquio, da loja Number Sugar: garanto que são os melhores do mundo e os sabores que eu mais gosto são de flor de sal, gengibre, amêndoas e laranja - recebi muitos de presente, mas rapidamente eles sumiram nos potes enormes onde os coloquei

Foi o ar no site da revista Unquiet, na seção Cultura, minha reportagem sobre o Japão

Pela primeira vez na vida chorei muito quando fui me despedir dos meus cachorrinhos antes de viajar - como vou ficar mais tempo fora, fiquei triste…

video preview

Na semana em que Chico Buarque comemora 81 anos de idade, a homenagem de Carlinhos Brown, seu genro na época desse vídeo, aquece nossa alma. Viva a MPB!

CELEBRAÇÃO DE QUALIDADE

Foi com muito estilo e também com muito sabor que a Friboi marcou presença no Prêmio Melhores da Gastronomia 2025, da revista Prazeres da Mesa. A premiação é uma das mais queridas (e esperadas) do mundo da culinária e celebra quem realmente faz a diferença: chefs, restaurantes e marcas que inspiram e movimentam a cozinha brasileira.

Durante o evento, quatro equipes de banqueteiros prepararam pratos especiais usando cortes da linha 1953 Friboi — aquela seleção especial voltada para o público premium. Passaram pelo salão nomes de peso como AMAÔ Gastronomia, Ghee Banqueteria, Banqueteria Nacional (comandada pela chef Dani Paladino) e o Buffet Flor de Mandacaru, da chef Urideia Andrade. Tudo isso com o apoio da Friboi Food Solutions, divisão dedicada ao food service e patrocinadora do evento.

O prêmio, criado lá em 2004, conta com 39 categorias e mistura voto popular com a opinião de um júri de especialistas — entre críticos, jornalistas e, claro, chefs renomados. A edição deste ano rolou no Memorial da América Latina, em São Paulo, na última terça-feira (17), e foi transmitida ao vivo no YouTube do MesaHub e no Instagram da @prazeresdamesa. Um verdadeiro banquete para os olhos e, claro, para o paladar!

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