A festa da saúde, a inversão dos papéis e a sintonia mágica: bingo!
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Dias de luto, dias de tristeza: a morte do papa Francisco, apesar dos sinais, me pegou de surpresa. Tenho ido muito ao teatro, tenho lido, escutado boa música, assistido séries interessantes. Tenho tentado entender o sentido da vida e claro, cada vez entendo menos. Enquanto isso, vou me cercando dos afetos, dos amigos, dos meus entes queridos. E sempre reverenciando e tentando aprender com os que já foram. Isso é vida.
Babá a bordo! / Créditos: Reprodução Instagram; Divulgação
TROCANDO AS BOLAS
Pra quem gosta de viajar e se aventurar, falta de dinheiro nem sempre é um empecilho. Se uns anos atrás, os aventureiros se conheciam através de uma rede social que não exigia nada em troca – o Couchsurfing, bem comum na Europa – agora, o movimento é outro: dá pra se hospedar de graça se a pessoa topar cuidar dos animais de estimação dos donos da casa. Isso mesmo: a Trusted Housesitters é uma empresa com sede no Reino Unido que surgiu com a ideia de unir o útil ao agradável: colocar em contato gente que gosta de pets - e que procura hospedagem - com donos de pets que precisam de cuidados...
É uma boa opção pra quem gosta de cães e gatos e está sem reservas, ou está apenas em busca de uma forma de viajar diferente e menos previsível. Afinal, ficar na casa de desconhecidos pode ser uma aventura - ainda mais em companhia de novos amiguinhos.
Ilustração: Maria Eugenia
UMA QUESTÃO DE BELEZA
Quando o assunto é beleza, o que vem por aí vai muito além de melhorar o visual: trata-se de moldar como envelhecemos, como nos percebemos e até como queremos ser vistos. Você imagina escolher a simetria do seu rosto, programar a cor dos olhos ou dos cabelos e até usar pele criada em laboratório? Parece cena de filme futurista, mas especialistas garantem: esse futuro está bem mais perto do que a gente pensa. Com a ajuda da inteligência artificial, os tratamentos serão cada vez mais personalizados, combinando genética, estilo de vida e até o ambiente em que vivemos. Já estamos vivendo sinais disso com os lasers cada vez mais discretos, preenchimentos sutis e o uso (bem popular) de medicamentos como Ozempic e Monjauro, originalmente criados para diabetes, mas amplamente usados para emagrecer. Mas o verdadeiro divisor de águas está no biohacking — a tendência de usar ciência e tecnologia para “hackear” o corpo e prolongar a juventude. De suplementos e exames super avançados a terapias com células-tronco e regeneração celular, a promessa é viver mais e melhor. Claro que tudo isso levanta questões importantes: será que esses avanços vão ficar restritos a quem pode pagar? E até onde vamos em busca da beleza “ideal”? Por outro lado, cresce também o movimento por uma estética mais natural e autêntica, mais conectada com quem somos de verdade. No fim das contas, o futuro da beleza parece ser um equilíbrio delicado entre tecnologia, aceitação e saúde mental. Porque, com tanta inovação à disposição, o desafio vai ser mesmo manter a cabeça no lugar.
Frequência modulada / Créditos: Adobe Stock
SINTONIA FINA
Você não precisa trocar uma palavra com alguém pra sentir o que ela está sentindo. Será? Pois a novidade é que as emoções são contagiosas - de verdade.
Nosso cérebro é programado pra captar a energia emocional de quem está por perto e isso rola por um processo chamado “contágio emocional”, onde a gente imita, sem perceber, expressões faciais, postura e até o humor das outras pessoas. Ou seja: nosso sistema nervoso pode entrar na mesma vibe do ambiente, sem ninguém precisar abrir a boca. Isso apareceu em um estudo publicado na revista científica norte-americana Current Directions in Psychological Science, que mostrou que essa sintonia pode acontecer em segundos, mexendo com o nível de estresse da pessoa, com suas decisões e até seu humor. Seja no meio de gente tranquila, ansiosa ou animada, nosso corpo está sempre na escuta. Atenção!
A métrica japonesa da ikebana, segundo Paulo von Poser / Créditos: Arquivo Pessoal
A SUTILEZA
Desde que eu conheci Paulo Von Poser, na mesma época em que fui apresentada a Vic Meirelles, no final dos anos 80 talvez início de 90, os dois jovens promissores, percebi que ali tinha algo: já eram dois talentos emergentes.
Vic virou um florista cheio de personalidade e sofisticação, com um olhar que só ele tem. Enquanto isso, Paulo se desenvolvia como artista plástico e desenhista de primeira. Somos todos ainda amigos e qual não foi minha surpresa ao ver os desenhos de Paulo baseados na arte da ikebana, os arranjos florais japoneses. Peguei alguns, que mostro acima, como aperitivo para a viagem que Paulo faz no próximo dia 3 ao Japão para conhecer uma escola de ikebana em Kyoto e participar depois de uma convenção de amantes de rosas - tema, aliás, de uma das fases mais lindas de suas pinturas. Depois de estudar por cinco anos o assunto, agora, ele vai desenhar na escola mais antiga do Japão, onde essa prática nasceu como forma devocional, nesse templo em Kyoto. Ele garante que a ikebana tem transformado sua arte, com o aprendizado do vazio.
Ilustração: Maria Eugenia
MUDANÇA DE GUARDA
Sabe aquela ideia dos avós curtindo a aposentadoria com descanso e viagens? Parece que na prática, a realidade é bem diferente —principalmente para as vovós. Cada vez mais, as avós norte-americanas estão cuidando dos netos quase em tempo integral, e isso está pesando bastante para elas. Essa mudança vem acontecendo, porque a vida ficou mais difícil para os jovens pais, com creches caríssimas, poucos direitos trabalhistas e uma pressão enorme para estar sempre perto e supervisionar os filhos. Com isso, o cuidado com as crianças acabou sobrando para os avós, especialmente para as mulheres. Pesquisas mostram que quase 60% das vovós norte-americanas já ajudaram a cuidar dos netos, e que muitas famílias dependem totalmente dessa ajuda pra conseguir trabalhar. Só que isso gera muitos outros desafios: os idosos, muitas vezes, precisam abrir mão do plano de saúde para ajudar financeiramente os descendentes. Claro que cuidar dos netos também tem seu lado positivo: fortalece vínculos familiares e pode até melhorar a saúde emocional. Mas quando isso se torna obrigatório e pesado demais, a aposentadoria, que deveria ser um momento para aproveitar a vida, fica em segundo plano. Equação difícil essa…
É festa ou é pra malhar? / Créditos: Reprodução Instagram
MÚSCULOS EM FESTA
Os eventos de saúde e bem-estar físico estão ganhando uma cara nova - e, convenhamos, muito mais animada. Esqueça aquela imagem de aula monótona e rotina puxada: a nova onda é transformar o cuidado com o corpo em uma experiência divertida, com vibe de festival de música - tipo Coachella, acredite. Um exemplo disso é o Diplo's Run Club, que começou na Filadélfia como um grupo de corrida comum e hoje virou uma verdadeira festa itinerante pelos Estados Unidos, misturando treino, bem-estar e balada. Já o Runningman se assume como um festival de fitness e bem-estar, com treinos coletivos, corridas, DJs e muita conexão entre as pessoas - tudo num clima que parece mais Lollapalooza do que maratona, incluindo até espaço de recuperação entre um show e outro. A ideia é simples: unir esporte, saúde e entretenimento de um jeito leve, empolgante e sem aquela pressão toda. Porque cuidar do corpo nos dias de hoje é obrigatório, acho que todo mundo concorda. E se for divertido, bem melhor, né?
Dia 1º de Maio, Dia do Trabalho: com essa ideia na cabeça, resolvi percorrer os corredores do Iguatemi em busca de peças que tornassem esse cotidiano mais especial. Aqui vão minhas escolhas!
Na montagem acima, imagem de estudo do artista Marcos Chin para painel das vitrines da Grand Central Station, Madison Avenue
1 - Na mochila da Prada cabem desde os itens necessários para um dia de trabalho até a roupa do treino
3 - Essa écharpe de cashmere da Zegna, além de ser um coringa para os dias mais frios, garante o toque de elegância
2 - É fundamental não atrasar nunca nos compromissos e com esse Rolex, essa tarefa fica bem mais agradável
4 - Esse vestido básico da Polo Ralph Lauren prova que dá pra ser chic desde cedo, de manhã, até os compromissos do final do dia
5 - Esses sapatos de Gloria Coelho dão um toque especial de charme e ainda não cansam as pernas
Fiquei feliz ao saber da mostra do baiano Mestre Didi no El Museu del Barrio, em Nova York - vai até 13 de julho e com direito a uma instalação têxtil de Goya Lopes
Marquei presença na plateia da conversa de Tati Bernardi com Fernando Barros e Silva e Carol Pires no teatro Cultura Artística no lançamento do livro de Tati, “A Boba da Corte”
Me deliciei aos poucos, durante seis dias, com o ovo de chocolate amargo e laranja do Santa Luzia, a melhor coisa dos últimos tempos
Fui jantar pela primeira vez e experimentei a deliciosa pizza da Leggera, a grande campeã do gênero nos últimos tempos - merece os títulos
Finalmente, depois de me segurar muito, assisti aos últimos capítulos de “Beleza Fatal”: fiquei muito impressionada com tudo, com o autor Raphael Montes, com os figurinos, a trilha sonora, com a direção e principalmente com os atores - já estou padecendo da síndrome de abstinência
Me encantei com o trabalho de Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathaia Dill em “Três Mulheres Altas”, de Edward Albee - como teatro bom é ótimo
Estou ansiosa para assistir a série de quatro episódios sobre Glória Maria que vai passar no Fantástico
Já inclui as novas canções de João Gomes na playlist das aulas de dança: amo um piseiro!
Sucumbi à moda dos cadernos de colorir infantis e tenho pintado um pouquinho a cada dia
Gostei demais de ver Lázaro Ramos no programa de Pedro Bial
Recebi com alegria a notícia de que meu endereço preferido na cidade do Porto, em Portugal, a Massarelos House, onde eu me hospedava antes mesmo de ficar totalmente pronto, acaba de abrir para o público - recomendo muito, é o lugar mais charmoso da cidade
Dividi as atenções com Astrid Fontenelle em uma conversa animada na Casa Vivo - foi o maior sucesso e a plateia, lotada, gostou demais
Ganhei uma mala de presente da Rimowa, daquelas prateadas que estavam nos primeiros lugares da minha lista de desejos
Passei vários dias pesquisando, atrás daquele chapéu que apareceu na cabeça de uma das três amigas da terceira temporada de “White Lotus” na Tailândia: é da Gucci e se chama Canvas GG Wide Brin hat - se alguém souber onde tem pra vender, por favor, me avise
Descobri que o mesmo autor de “Succession” fez uma série batizada de “Mountainhead” que a HBO lança dia 31 de maio - ansiedade grau máximo
Queria muito ter conseguido ir a Roma me despedir do papa Francisco, que tristeza a morte dele - acho que aos 88 anos ele ainda tinha muito a nos inspirar
Uma joia rara: os irmãos Cristina Buarque e Chico Buarque cantando juntos canções de Chico. Uma pequena homenagem na semana da morte de Cristina. Um bálsamo para qualquer alma.
VERDE NATUREZA
Podemos dizer que a JBS está sete vezes mais verde? Sim, já que a empresa multiplicou por sete sua frota de caminhões 100% elétricos nos últimos três anos e evitou a emissão de mais de 5,2 mil toneladas de CO₂ nesse período. Isso equivale ao que 237 mil árvores adultas absorvem em um ano — ou mais de mil voltas ao mundo de carro, só que sem poluir. A expansão da frota da No Carbon, braço da JBS focado em veículos elétricos, é um passo firme rumo à sustentabilidade e à eficiência. Hoje, 281 caminhões elétricos atendem Friboi e Seara em todo o Brasil, rodando mais de 12,5 milhões de quilômetros com zero emissões.
Mas os benefícios vão além do meio ambiente: os caminhões são mais baratos de manter, mais econômicos por quilômetro rodado e ainda entregam mais produtividade. Equipados com baús frigoríficos independentes e autonomia de até 150 km, são perfeitos para entregas urbanas — sem deixar rastros de CO₂ pelo caminho. E a JBS, mais uma vez, mostrando um exemplo prático de como sustentabilidade e estratégia podem (e devem) andar lado a lado.
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