Não lembro quando começou a minha ligação com a música e o modo de vida desses rapazes de Minas. Milton Nascimento sempre ocupou um lugar muito especial dentro de mim, desde seu disco — sim, eu disse disco — Geraes, e Beto Guedes era uma espécie de ídolo para mim desde 1980. Nunca perdia um show dele. Nos últimos tempos, acompanhei ele junto com Flávio Venturini e Lô Borges nos shows que faziam aqui e ali. Foi muito triste saber esta semana que um pedaço desse sonho se foi com a morte de Lô Borges. Sim, porque o que eles propunham era um sonho de mundo: as letras que compunham, as músicas, tudo me remetia a um mundo onírico, onde o amor tinha seu espaço garantido. Numa semana em que muito se falou de sustentabilidade e cuidados com o planeta, venho lembrar de uma muda de uma plantinha que não vai mais crescer. Que o som desses meninos das Minas Gerais ecoe sempre dentro de nós.
A hora delas / Fotos: reprodução Instagram
GIRL POWER
Sim, o tão falado mercado global de wellness já está valendo mais de 6 trilhões de dólares. É tanto dinheiro girando que chega a ser curioso pensar como o bem-estar feminino ainda ficou por tanto tempo à margem dessa conversa. Por décadas, o que se vendia como “saúde e autocuidado” era, na verdade, uma receita padronizada de ioga e máscaras faciais — tudo ótimo, claro, mas nada que desse conta das mudanças reais que o corpo feminino enfrenta ao longo da vida. Basta lembrar que, até 1993, as mulheres mal eram incluídas em ensaios clínicos nos Estados Unidos. E, em 2020, apenas 5% do financiamento global de Pesquisa e Desenvolvimento foi para o tema saúde feminina. Cinco por cento!
Mas parece que a maré virou — e com força. Aqueles temas antes tratados como tabu, tipo menopausa, fogachos e secura vaginal, já ganharam microfone e palco. Michelle Obama, Oprah Winfrey, Drew Barrymore e Naomi Watts (que inclusive lançou sua própria linha de produtos) têm falado abertamente sobre o assunto, ajudando a transformar “a mudança” em um tema pop. E não é à toa: até 2030, o mundo terá 1,2 bilhão de mulheres na menopausa ou pós-menopausa, o que significa um mercado de mais de 24 bilhões de dólares. É um movimento que combina poder de compra, autoconhecimento e uma nova visão sobre o que é envelhecer bem. O foco deixou de ser “parecer bem” — agora, o que se busca é se sentir bem.
E é nesse clima de revolução tranquila a rede de spas Canyon Ranch decidiu fazer história mais uma vez. O resort, que é praticamente o avô dos retiros de bem-estar nos Estados Unidos, vai inaugurar em 2026 uma nova unidade em Austin, Texas, inteiramente dedicada à saúde feminina. O investimento passa dos 120 milhões de dólares, e só o spa — que promete ser o maior do estado — vai ocupar 40 mil metros quadrados. Dois terços dos hóspedes dos spas já são mulheres, mas a indústria e o sistema de saúde ainda não as compreendem de verdade. Batizado de The Women’s Collective, o centro vai atender mulheres a partir dos 30 anos, com foco em nutrição, sono, depressão pós-parto e beleza de meia-idade. Serão oferecidos exames específicos, terapias hormonais e acompanhamento personalizado. E como tudo no Canyon Ranch tem um toque de luxo, as diárias começam em 1.400 dólares por pessoa, com direito a saunas infravermelhas e menus degustação com vinho. Quem quiser levar o estilo de vida para casa pode até comprar uma das residências wellness, equipadas com banhos frios e saunas, a partir de 3,4 milhões de dólares.
No fundo, o que essa história toda mostra é que a indústria do bem-estar está finalmente entendendo que o corpo feminino não é um nicho, e sim o próprio centro da conversa. Depois de tanto tempo vendendo juventude e aparência, o novo luxo é envelhecer com energia, saúde, consciência — e dignidade. Que essa virada não seja só uma tendência — mas um novo capítulo na forma como cuidamos de nós mesmas.
Ilustração: Maria Eugenia
ENTRE QUATRO PAREDES
Pode até parecer que hoje em dia, ter um namorado está meio fora de moda. Literalmente. A internet, que já foi palco de declarações efusivas, beijos cinematográficos e legendas apaixonadas, agora vive uma era de mistério e sutileza nos relacionamentos. Teve um tempo em que o território digital das mulheres girava também em torno da vida do parceiro — o boyfriend reveal, o café da manhã a dois, a viagem romântica. Pois é, tudo indica que esse “país” foi praticamente descolonizado. Hoje, quem ousa escrever um “meu namorado nas redes corre o risco de ser silenciada pelos próprios seguidores. Isso porque o novo charme é o “soft launch”: posts com duas taças de vinho, uma mão no volante, um pedaço de ombro emoldurado pela luz do fim de tarde. O amor está lá, só que agora meio “borrado”. Tem gente até editando o noivo para fora do vídeo do casamento ou postando fotos com rostos cobertos por emojis: esse virou o romance no modo “testemunha protegida”. Mas o que move essa revolução afetiva não é apenas estética — é sobrevivência social. As mulheres ainda querem compartilhar a vida a dois, mas sem parecer que vivem para isso. O que antes era sinônimo de status (“olha como ela é amada!”) agora pode soar como perda de autonomia (“ih, virou sombra do namorado”). A ideia é sutil: mostrar que está acompanhada, mas sem parecer refém da heteronormatividade. Há também uma pitada de superstição nessa história. Tem gente que evita exibir a felicidade amorosa por medo do olho gordo. Outras preferem poupar o trabalho de apagar tudo se o romance desandar — afinal, quem nunca se arrependeu daquele post com legenda inspirada em Chico Buarque? E os números não mentem: algumas criadoras de conteúdo afirmam perder seguidores quando anunciam um relacionamento — aparentemente, a vida de solteira rende mais engajamento. O que está acontecendo é uma espécie de renascimento narrativo: o relacionamento deixou de ser o troféu máximo da feminilidade e ser solteira virou um símbolo de poder e autonomia. O amor, claro, continua valendo — só não precisa mais ser postado em alta resolução. Afinal, amar sem testemunhas talvez seja o último ato verdadeiramente rebelde da internet.
Ai que gastura… / Fotos: reprodução Instagram; Istockphoto.com
REDESENHO DA ROTINA
Será que ficar exausto já virou o novo normal? Acordar cansado, trabalhar cansado, dormir cansado — e, de quebra, rir disso nas redes, como se fosse uma piada coletiva? Só que não é. Os médicos até deram um nome para esse estado constante de exaustão: TATT, sigla para “tired-all-the-time syndrome”, ou síndrome do cansaço o tempo todo. Uma médica do serviço público de saúde britânico, o NHS, diz que a grande questão é entender se o cansaço é só reflexo do nosso estilo de vida corrido ou um sinal de que o corpo está pedindo socorro. Muitas vezes, a causa é óbvia: noites mal dormidas, estresse acumulado, alimentação ruim, pouca movimentação. É aquele círculo vicioso em que a gente se sente cansado demais para se exercitar — quando o exercício, ironicamente, é o que mais poderia ajudar. Eu, pessoalmente, sou prova disso. O lado bom é que, nesses casos, a solução está nas nossas mãos. Dormir melhor, comer direito, se exercitar regularmente e desacelerar (na medida do possível) pode mudar tudo. Mas e quando o cansaço não passa? Aí é hora de ligar o alerta. Se ele dura semanas, atrapalha tarefas simples ou vem acompanhado de sintomas como perda de peso, dores ou alterações de humor, pode ser algo mais profundo — de diabetes tipo 2 e distúrbios da tireoide a quadros de ansiedade e depressão. A verdade é que a fadiga é uma mensageira insistente: às vezes traz recados leves, às vezes grita para ser ouvida. A questão principal é não naturalizar o esgotamento. Cansaço não é identidade, nem medalha de produtividade. Se for o tal TATT, a gente muda a rotina. Se for algo mais sério, busca ajuda. O importante é lembrar que viver bem não é sobre fazer mais — é sobre ter energia o suficiente para sentir prazer em existir.
Encontrar equilíbrio entre trabalho e vida pessoal parece, às vezes, coisa de ficção científica. A gente tenta desligar o WhatsApp, o e-mail, respirar fundo, colocar o celular no modo “não perturbe” — e, ainda assim, a mente segue a mil, pulando de uma obrigação para outra. Mas e se a chave para desacelerar e reconectar com a gente mesmo estivesse... na arte?
Pois é: essa a provocação da curadora e autora francesa Marine Tanguy, autora do livro “The Visual Detox” e fundadora da MTArt Agency, uma agência de talentos especializada em artistas visuais. Segundo ela, a arte visual é um verdadeiro kit de primeiros socorros para o espírito — um antídoto contra o bombardeio de imagens comerciais que atravessam o nosso dia pedindo, o tempo todo, que a gente produza e consuma mais.
Enquanto a publicidade grita “faça mais!”, a arte sussurra “sinta mais”. E é justamente aí que mora a mágica. Contemplar uma pintura, uma escultura ou até um grafite na rua ajuda a acalmar a mente, afiar o olhar e expandir o pensamento crítico. A gente já sabe que a arte não serve só para enfeitar parede — ela é combustível para uma vida mais plena, criativa e, acredite, até mais produtiva.
E interagir com arte não é luxo nem passatempo: é uma forma de evolução. O estudo “Public Art and Wellbeing”, conduzido pelo The Art of Being em parceria com a mesma MTArt Agency, realizado no Reino Unido, em 2019, mostrou que 84% das pessoas acreditam que projetos de arte pública melhoram o bem-estar coletivo. Pesquisas apontam que criar ou apreciar arte reduz o estresse, fortalece a empatia e até ajuda a tomar decisões com mais confiança.
A lógica é simples: quando você se permite observar algo belo, o cérebro acende áreas associadas à emoção e à recompensa — é quase uma meditação ativa. O mesmo vale para o ambiente de trabalho: ter arte por perto, seja um quadro, uma foto ou uma peça colorida, pode aumentar em 15% a produtividade das pessoas. E quando os funcionários têm liberdade para escolher o que os cerca, esse número dobra.
Mas talvez o ponto mais urgente da teoria de Tanguy seja o chamado “visual detox”. A gente é exposto a mais de 10 mil imagens comerciais por dia — um tsunami de estímulos que alimenta o consumo, mas esgota o olhar. Fazer um detox visual é, nas palavras dela, “curar o próprio ambiente”, escolhendo o que de fato nos inspira e silenciando o que só nos distrai.
Essa conversa não é sobre estética, mas sobre saúde mental. A arte é um lembrete diário de que viver vai muito além de produzir. É o convite para respirar entre as tarefas, para encontrar beleza nas pausas e para enxergar o mundo com olhos mais curiosos. Lembrando que o filósofo John Armstrong, da School of Life, acabou de passar pelo Brasil falando justamente sobre esse tema nas palestras. Eu participei de uma e concordo em gênero, número e grau.
A hora delas / Fotos: reprodução Instagram
TERRITÓRIO SAGRADO
Poucos lugares são tão de verdade quanto o banheiro feminino. Atrás daquela porta com o ícone de sainha, existe um dos ecossistemas sociais mais sagrados e, ao mesmo tempo, mais subestimados da vida moderna. É ali, entre batons e olhares cúmplices, que as defesas caem e a humanidade floresce. Porque lá, todo mundo está fazendo a mesma coisa — e essa consciência silenciosa cria uma irmandade instantânea.
Durante anos, tentaram “embelezar” esse espaço com nomes polidos como ladies’ room ou powder room, como se o que acontece lá dentro precisasse de verniz. Mas o que o banheiro feminino realmente abriga é o oposto da delicadeza ensaiada: é bagunça, riso, lágrimas, batom borrado e apoio mútuo. É o lugar onde o grotesco encontra o glorioso. Onde uma mulher ajuda a outra a limpar uma mancha de vinho, segura a bolsa de quem está chorando por um ex ou empresta o rímel sem o menor pudor — mesmo que ambas já tenham tomado mais taças de vinho do que gostariam de admitir. Já teve até artista em Museu de Arte Moderna famoso fazendo obras relativas ao tema e a essa questão.
O banheiro feminino é um dos poucos territórios ainda livres de olhares e julgamentos, um espaço de suspensão do mundo. Um lugar onde ninguém está tentando impressionar, onde o rímel escorre sem culpa e onde o corpo, finalmente, relaxa. Em tempos em que estamos sempre posando — na vida e nas redes —, talvez não haja nada mais revolucionário do que poder ser simplesmente humana.
Pronto! Chegou aquela época do ano onde a gente corre de um lado para o outro tentando dar conta de todos os compromissos que começam a celebrar o final de 2025. Pensando nesse tema, fiz minhas escolhas da semana no Iguatemi. Aqui estão elas!
Na montagem acima, imagem de Andy Warhol, meados da década de 1980
1 - Esses chemisoer da Tory Burch tem também o clima da estação: garante uma bela presença em coquetéis, jantares e almoços!
2 - O que dizer da cor da bolsa de Carolina Herrera? Oh, céus… um sonho!
3 - Esse slingback da Prada traz aquele toque feminino que cai muito bem nesses momentos de celebração
4 - Se for para receber em casa, que seja com o melhor: o jogo de pratos de Tânia Bulhões faz bonito!
5 - Na hora de ir pra cama, depois de muita comemoração, a gente só quer uma boa ducha e um hidratante poderoso para o corpo: o gel e o creme da Le Labo garantem — e entregam
Tem pessoas que nos ensinam sem precisar levantar a voz. Glória Kalil é uma delas. Elegante, lúcida, generosa e com aquele humor que só vem de quem já viu muita coisa.
Nos conhecemos há anos e cada conversa com ela é uma aula sobre o essencial: tempo, medida, olhar.
Com a Glória, etiqueta não é regra: é civilidade, é perceber o outro, é escolher a palavra certa e o gesto simples.
Falamos sobre moda como linguagem, sobre rituais que dão graça à rotina e sobre o que ela chama de verdadeiro luxo: uma vida equilibrada, com espaço para o outro e para as coisas bonitas do mundo.
Ser cartunista é, por si só, uma escolha improvável — ainda mais em tempos de feeds acelerados. Mas para Estela May, o desenho nunca foi uma decisão racional: foi linguagem. É no encontro entre palavra e traço que ela se entende e se revela. Hoje, à frente das tiras diárias na Folha de S.Paulo, Estela transforma o cotidiano em poesia visual — uma mistura de humor, introspecção e leveza que ecoa a intensidade do universo em que cresceu. Filha de Fernanda Young e de Alexandre Machado, ela aprendeu cedo que viver de criação é também viver de coragem. Entre um banho e uma ideia anotada às pressas no celular, Estela constrói, dia após dia, um trabalho que é espelho e abrigo: uma forma de continuar desenhando o mundo — e a si mesma — com a mesma disciplina e verdade que herdou da mãe.
1. Ser cartunista não é exatamente uma profissão comum. Em que momento você percebeu que queria desenhar para a vida? E como é a sua rotina de trabalho?
Acho que isso aconteceu quando percebi que juntar palavra e desenho era o meu jeito natural de me expressar. Era o que fazia sentido para mim. Trabalhar na Folha com tiras diárias tem sido um privilégio e também um espelho — quando paro para ver tudo o que já publiquei, entendo coisas sobre mim que nem sabia que estavam ali. As ideias aparecem do nada, em horários idiotas… tipo no banho ou lavando louça. Eu corro para anotar no celular e depois, num dia mais concentrado, sento e desenho tudo. É quase um ritual.
2. Quais foram as primeiras inspirações para o seu traço — artistas, cartunistas, escritores, ou até referências fora dos quadrinhos? E o que alimenta sua criação no dia a dia?
No desenho, o Winsor McCay sempre foi uma grande referência. Little Nemo é a coisa mais linda que já vi — tem uma delicadeza, um sonho dentro de outro. No sentido mais amplo, meus pais sempre foram uma força enorme — crescer perto deles me fez entender o que é viver de criação, com intensidade e humor.
E música, muita música. Eu ouço o tempo todo!
3. Sua mãe, Fernanda Young, tinha uma escrita intensa, irônica e muito marcante. O que você leva dela para o seu trabalho?
Da minha mãe, levo a coragem. A necessidade de colocar para fora o que sente, mesmo quando é difícil. E a disciplina também. É tanta coisa que eu nem sei nomear: ela está sempre na minha cabeça, dentro de mim e em minha volta — no jeito como penso, como escrevo, como me visto e ajo. Ela, para sempre, será minha maior inspiração, em todos os sentidos.
Estou ansiosa para assistir Wagner Moura no filme “O Agente Secreto”
Participei de uma sessão de Sound Healing, com a especialista Pat Diogo — incrível como isso faz bem
Conheci o restaurante de Carlos Ortali e Adriano Mariutti, em Pinheiros: a focacceria Toscana é uma delícia
Fiquei sonhando com esses vidros que são parceria da Lalique com o artista plástico e gênio James Turrell
Não consegui ir, mas gostei demais dos móveis assinados por Geraldo de Barros para a Dpot
Me emocionei com o espetáculo “Olhos dos olhos”, estrelado por Ana Lúcia Torre, no Teatro Santos Augusta
Curti demais acompanhar o príncipe William cariocando e jogando vôlei de praia no Rio
Fiquei sabendo da parceria da Costa Brazil, de Francisco Costa, com a LATAM — que será comemorada em 1º de dezembro, em Miami
Gostei demais das novas joias da coleção Supernova, lançada terça-feira passada, pela Gaem, de Luna Nigro
Fui correndo conhecer a nova loja de Natalie Klein, a NK, no Shopping Pátio Higienópolis: roupas lindas
Fiquei ansiosa para assistir ao show de Marisa Monte: vou neste domingo, no Ibirapuera
Achei justo David Beckham ter virado “Sir” — ele recebeu o título das mãos do rei Charles
Fiquei animada porque vou participar, no próximo dia 17, do jantar no Masp com o cardápio especial criado pelas chefs Manu Ferraz e Paola Carosella, com direito a visita guiada pelo museu
Consegui dar uma corrida até a Branco.Casa do Iguatemi para ver o lançamento dos novos lençóis de linho branco, rendas e bordados: já queria me jogar naquela cama…
Participei com alegria da comemoração dos 90 anos de minha nova e querida amiga Marilu Aidar: foi em um almoço só de mulheres, delicioso, na casa de Fernanda Iunes
Vi que a exposição “GIRLS: On Boredom, Rebellion and Being In-Between”, no MoMu, o Museu de Moda da Antuérpia, mostra entre outras pérolas, os figurinos de “As Virgens Suicidas”, criados por Nancy Steiner para o filme de Sofia Coppola
Recebi, emocionada, o novo livro sobre a vida de Zuzu Angel, “Quem é essa mulher?”, editado pela Todavia
Não consegui dar um beijo ao vivo em Catharina Johannpeter e Gabriela Paschoal pelos oito anos da loja delas, a Pinga
Participei de uma conversa com o filósofo francês Bernard-Henri Lévy: ele foi convidado pela Stand With Us Brasil e foi entrevistado por Luiz Felipe Pondé, numa noite muito prestigiada, no hotel Fasano Itaim
Fui convidada para ir à exposição de Antonio Obá, na Mendes Wood da Barra Funda, com direito à visita e comentários do próprio artista
Finalmente fui conhecer a nova loja da Alo Yoga, no Iguatemi: amei
Vi que uma das marcas de sapato que eu gosto demais, a Dr. Martens, lançou botas de chuva: quero já!
Dormi encantada com a presença de Xamã no Conversa Com Bial — estou assistindo ele na série “Os Donos do Jogo” e estou gostando demais
Descobri uma companhia aérea, Magnifica Air, que promete trazer de volta o glamour da era dourada das viagens: parte de uma startup da Flórida, ela pretende oferecer a experiência e o conforto de um jato privado num voo de carreira, mas por uma fração do preço
Quando todos homenagearam a memória e o talento de Lô Borges, fomos atrás do maestro Antônio Carlos Jobim cantando Trem Azul. Uma sinfonia.
Ilustração: Maria Eugenia
RENDA E SUSTENTABILIDADE
A produtividade da pecuária familiar na Amazônia acaba de dar um salto impressionante: 64% de aumento depois da adoção de práticas de agricultura regenerativa. O avanço vem do projeto RestaurAmazônia, uma iniciativa da Fundação Solidaridad com apoio do Fundo JBS pela Amazônia, que investiu mais de R$ 21 milhões entre 2021 e 2025 para transformar a realidade de 1.408 famílias na região da Transamazônica, no Pará.
A ideia é simples e poderosa: melhorar o manejo das pastagens, recuperar áreas degradadas e diversificar a produção — muitas vezes com o plantio de cacau de alta qualidade nas antigas áreas de pasto. O resultado foi um modelo que alia sustentabilidade e renda, capaz de gerar até quatro vezes mais receita por hectare e ainda reduzir a pressão por novas áreas de desmatamento. E o impacto vai além da produtividade: o projeto também fortalece a autonomia das famílias, com assistência técnica de longo prazo e acesso a mercados especializados, como o segmento bean-to-bar, que valoriza o cacau artesanal e paga bem mais pelo produto.
No total, o RestaurAmazônia já implementou boas práticas em 21 mil hectares, com destaque para os Sistemas Agroflorestais de cacau, que hoje ocupam mais de mil hectares restaurados. A iniciativa mostra que regenerar o solo, valorizar o pequeno produtor e manter a floresta em pé podem andar juntos — e servir de exemplo para o mundo, especialmente com a COP30 se aproximando e o debate sobre agricultura de baixo carbono ganhando força.
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